sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

sentidos

O sentido da vida
Há alturas em que quase nada faz sentido e um ou dois pormenores dos dias nos dão toda a certeza de continuar a desejar acordar de novo e respirar mais fundo.
Ontem parei um pouco a olhar, estatelada, em frente ao televisor, para mais um pedaço de um filme de que já apanhei pedacitos vezes sem conta... cantava-se lá que: não há montanha alta que baste, vale profundo ou rio tão largo que me impeçam de chegar a ti assim que me chames... e depois a canção lá segue, naquele registo entre o foleirote do que é dito e o embalo delicioso da música que transporta as letras, as palavras, as ideias... (na voz do Marvin Gaye e da Tammi Terrell)
Cá por mim, e no sentido pobrezinho que dei aos meus dias na vida de faculdade que me consome aos pinguinhos, tenho andado a ler umas coisas sobre o

Sentido dos factores de impacto das publicações...
Sentido dos artigos académicos em revistas de referência...
Sentido das horas gastas em trabalhos que... haja esperança, alguém há-de ler e alguma coisa poderá mudar – graças ao trabalho que desenvolvemos e às circunstâncias que descrevemos e que podem, efectivamente PODEM, ajudar a mudar as vidas de modo a garantir (pelo menos) espasmos de felicidade enquanto se é capaz de respirar sozinho, de andar sem bengalas, de correr só para sentir o vento no olhar...

A minha melhor amiga está mesmo mesmo doente.
O meu primo mais querido condenado a desligar a vida em breve.
Estou farta da falta de sentido de alguns dias.

Decidi que mereço a vida que desejo e é só a ela que hei-de responder.
Quero Tudo.
Estou farta só de bocadinhos.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

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Olá, riquinho!

Gosto de palavras.
Gosto imenso de algumas palavras.
Gosto de começos.
de palavras com érres...
assim, como
Irritada. Raiva. ou Riso, que ainda que só tenha este rêzito a despontar, é um érre cheiinho e diz-se forte, carregado. Como o que se usa em "forte" ou os dois em "carregado"... aprecio este som de ondas no céu da boca, este fazer parecer áspero o torcer dos dedos... como o érre de dentro em "torcer", que deve dizer-se meio amolecido e eu não consigo nunca parar um érre deixado na palavra certa que o traz pulado!

Também há expressões catitas que me enchem medidas... ainda ali acima escrevinhei uma: "de dentro"... ora esta também me agrada... de dentro... como se fosse coisa pensada, alinhavada para melhor costurar a seguir... de dentro, como se nos saísse pensada, bem ajeitadinha na forma, na figura, na atenção, no alvo que há-de alcançar.

Gosto de palavras.
de Letras.
Gosto de verbos.
como Ir. Partir. Fazer. Começar...
Gosto de coisas pequeninas, de gestos quase invisíveis, de jeitos especiais.
Gosto de saber. de Saber. de Conhecer. de Descobrir. de Procurar...

Gosto de coisinhas simples, simples, simples... mas nunca fáceis, nunca dadas, nunca óbvias.
Gosto do que gosto. E pronto!
de começos!
e o
Ano está a começar...
Que tudo aconteça. Que tudo tenha tempo certo para se dar!
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(pronto... disse-te há minutitos atrás que não andava a escrever coisinhas... ora cá está! Já escrevi! e faço público, agora! :) tudo porque fiquei a pensar levezinho, coisas soltinhas, tolices sem importância, mas coisas que de pensadas podem ser ditas e, escrevo mais depressa do que digo, por isso cá está: afinal, também escrevo coisinhas - nem só de trabalho vive o meu teclado!)
:)