domingo, 23 de novembro de 2008

A Eternidade ou o Tempo

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tal como o vivemos?
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Li ali, por acaso (ou não, que isto do acaso também tem que se diga!), mas li mais ou menos assim
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"Penso nas coisas que poderiam existir e não existiram.
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A história sem o rosto de Helena.
O homem sem os olhos, que nos ofereceram a lua.
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O amor que não partilhámos.
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O outro corno do Unicórnio.
A ave fabulosa da Irlanda, que está em dois lugares ao mesmo tempo.
O filho que não tive."

do Grande Borges,
e, também com o mesmo Homem das palavras,

"... O tempo é um problema para nós, um tremendo e exigente problema..."

e então dei comigo a pensar que, efectivamente, o tempo é o grande sarilho dos dias!
esta coisa de não ter tempo e ter sempre tempo a mais para coisa nenhuma. 
Não ter tempo vital e ter horas sem fim para o que urge cumprir nunca chegando para isso.
e sinto cada vez mais longe tudo e de tantas maneiras.
O ar arrasta-me e a luz mais ténue teima enganar-me.
Como se visse sorrisos luminosos onde, afinal, são sombras que se misturam.
Teimar uma emoção que cria é outra forma de 
sentir,
não?

Esta Semana Cultural ainda me vai dar mais nós na cabeça! :)
mas quem me manda a mim, sapateira, tocar rabecão?!

Sei lá...
mas também não é isso que quero saber.
O tempo há-de gastar-se (hei-de gastá-lo) em diferente fogueira
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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Sentir tudo de todas as maneiras

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Há palavras que não digo. Há palavras que quase nunca escrevo. Há ideias que me escapam. Há desejos que já esqueço. Há vontades que reconheço. Há um sonho que não esmoreço. 
E
também há as palavras que só digo baixinho.
as palavras que quando escrevo são um desalinho.
as ideias que fogem (quase que a medo).
Os desejos que afinal lembro...
as vontades que sei que sei!
O sonho que acalento.
E as palavras que, se não digo, sinto.
E as palavras que, não escrevo, vivo.
as ideias agarradas com mão inteira, os desejos seguros e, por isso, soltos.
a vontade como um sonho que escolho.
Finalmente acordo.
É Hoje.
Agora
estremeço
Sinto tudo.
E sinto mais e 
de todas as maneiras

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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Sol

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As previsões são de Sol para toda a semana.
Felizmente.
Preciso de Sol.
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Também parece que vai estar um friozinho considerável...
Mas até isso estará certo.
Preciso é que haja Sol.
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Como em
Perto do Coração Selvagem (sim, o livro de Clarice Lispector)
Lá, pode ler-se assim:

"Papai, inventei uma poesia.
Como é o nome?
Eu e o Sol - sem esperar muito recitou:
As galinhas que estão no quintal já comeram duas minhocas mas eu não vi.
Sim? Que é que você e o Sol têm a ver com a poesia?
Ela olhou-o um segundo. Ele não compreendera...
O Sol está lá em cima das minhocas, papai, e eu fiz a poesia e não vi as minhocas...
(Pausa)
Posso inventar outra agora mesmo: "Ó Sol, vem brincar comigo"
Outra maior:
Vi uma nuvem pequena
coitada da minhoca
Acho que ela não viu
...
Lindas, pequena, lindas. Como é que se faz uma poesia tão bonita?
Não é difícil, é só ir dizendo."

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É assim... eu preciso que o Sol fique.
Mas já tinha dito isso, não?

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Uma data memorável...

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Quando é fundamental, há sempre tempo para dizer o imprescindível:
Chegou a Mudança!

Caramba... hoje tenho de dar os Parabéns aos Americanos :)
(e que bem me sabe fazê-lo!)


||Curiosidade maluca de quem gosta de números:
nasceu a 4
foi eleito a 4
É o 44º Presidente! ;)||