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tal como o vivemos?
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Li ali, por acaso (ou não, que isto do acaso também tem que se diga!), mas li mais ou menos assim
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"Penso nas coisas que poderiam existir e não existiram.
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A história sem o rosto de Helena.
O homem sem os olhos, que nos ofereceram a lua.
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O amor que não partilhámos.
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O outro corno do Unicórnio.
A ave fabulosa da Irlanda, que está em dois lugares ao mesmo tempo.
O filho que não tive."
do Grande Borges,
e, também com o mesmo Homem das palavras,
"... O tempo é um problema para nós, um tremendo e exigente problema..."
e então dei comigo a pensar que, efectivamente, o tempo é o grande sarilho dos dias!
esta coisa de não ter tempo e ter sempre tempo a mais para coisa nenhuma.
Não ter tempo vital e ter horas sem fim para o que urge cumprir nunca chegando para isso.
e sinto cada vez mais longe tudo e de tantas maneiras.
O ar arrasta-me e a luz mais ténue teima enganar-me.
Como se visse sorrisos luminosos onde, afinal, são sombras que se misturam.
Teimar uma emoção que cria é outra forma de
sentir,
não?
Esta Semana Cultural ainda me vai dar mais nós na cabeça! :)
mas quem me manda a mim, sapateira, tocar rabecão?!
Sei lá...
mas também não é isso que quero saber.
O tempo há-de gastar-se (hei-de gastá-lo) em diferente fogueira
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