Alguém a pedir que se abra a última porta da noite…
É o final de um livro, bem sei, mas é o começo de uma inquietação, talvez.
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Há muitas palavras por dizer.
De cada vez que me acontece sufocar ideias, desejos, medos, dúvidas,
Fico assim...
Com demasiadas palavras caladas e retidas na ponta dos dedos, como se fosse impossível dar-lhes vida e elas se sentissem no direito de me roer por dentro,
até sair.
Há qualquer coisa que não digo
Há qualquer coisa que não me é contada
Há muitas ideias em reboliço ao meu redor.
Há janelas fechadas.
Tem de haver uma porta (será a última?),
na noite,
que se abra e me deixe seguir.
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2 comentários:
Estou arrepiado com as tuas palavras... Curioso que a minha porta está temporariamente fechada. De dia e de noite.
Bjzz
:)
Andamos a desencontrar caminhos há já uns tempos, parece-me!
Acaba por ter piada, isto de encontra-desencontra, como um jogo de criança, toca-e-foge de antigamente.
Estes espaços virtuais também sufocam, às vezes.
Quase abafam dias e apertam a alma, se se lhes dá um espaço maior que o lugar nenhum que devia ser o seu (seu=destas coisas tão da rede que nem deviam contar como espaços de manobra de quem nos fazemos...)
Às vezes é preciso sair da via e procurar outro caminho. Creio que sim. Parar um pouco. Fecharmo-nos algures, um pouco. Ou sair mais. Escancarar os dias e nem dar pela sucessão das horas, talvez... mas estes são os bocados raros da vida (digo eu) quando nem damos pelo tempo que segue e nos finta as voltas ao sono.
Quando a tua porta voltar a entreabrir, lá estarei a espreitar. Boa?
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